segunda-feira, 14 de junho de 2010

Comunicação

Repórteres sem fronteiras: Liberdade de imprensa pelo mundo: 32º lugar entre os 139 países.

Esporte

O esporte mais praticado e mais popular é o futebol. A seleção do Paraguai é uma das mais fortes do continente sendo duas vezes campeã da Copa América em 1953 e em 1979 e obteve uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 sendo a única do país até o momento e participou sete vezes na Copa do Mundo. Depois do futebol o esporte com mais aficionados é o rali cujo evento mais tradicional é o Trans-Chaco Rally que se disputa desde 1971, outros esportes praticados são o rugby, o basquete, o golfe e o tênis, sendo os principais representantes destes dois últimos Carlos Franco e Víctor Pecci respectivamente.

Teatro

Durante a primeira metade do século, a história do teatro paraguaio não conta com muitos nomes que tenham transcendido as fronteiras nacionais, com a possível exceção de Josefina Plá quem, além de ser autora e co-autora (com Roque Centurión Miranda) de várias obras teatrais, está entre os críticos que mais estudaram o teatro paraguaio.
Como em outros países da América Latina, razões de ordem histórico-político e econômico-social explicam parcialmente o fato de que o teatro tenha sido, e continue sendo, o gênero menos fecundo da literatura paraguaia. No caso específico do Paraguai, a instabilidade política das primeiras décadas unida a uma guerra internacional, a "Guerra do Chaco" contra a Bolívia, de (1932-1935), uma terrível guerra civil (a Revolução de 1947) e uma das duas ditaduras mais longas que registra a história do continente americano até a data (a do general Alfredo Stroessner (1955-1989); a outra é a de Fidel Castro, (1959-2008). Esses três períodos históricos têm um impacto negativo direto tanto na quantidade como na qualidade da produção teatral deste século.
No entanto, durante as duas décadas que precedem à Guerra do Chaco surge um interesse teatral antes inexistente e numerosos autores estreiam dramas e comédias de caráter predominantemente popular, entre eles Eusebio A. Lugo (1890-1953), Pedro Juan Caballero(Capital do Departamento de Amambay) (1900-1946), Facundo Recalde (1896-1969) e José Arturo Alsina (1897-1984), o mais célebre do grupo.
Não obstante ter nascido na Argentina, Alsina viveu no Paraguai desde muito menino e sua obra dramática é netamente nacional ainda que algumas de suas peças refletem influências do teatro europeu. De enorme significação cultural para um país bilingue como o Paraguai é a produção teatral de Julio Correa, autor de grande mérito e iniciador, na década do 30, do teatro em guaraní em obras inspiradas no contexto histórico-político desses anos, e em particular na Guerra do Chaco. Outros representantes do teatro em guaraní dessa época são Francisco Martín Bairros, Roque Centurión Miranda e Luis Ruffinelli.
A atividade teatral paraguaia conta com o apoio do Ateneu Paraguaio e da Escola Municipal de Arte Cênica de Asunción, fundada por Centurión Miranda em 1948. Além dos dramaturgos já mencionados, entre os nomes que também ocupam um lugar significativo dentro do teatro paraguaio contemporâneo devem figurar, entre outros: os autores e críticos José Luis Appleyard, Ramiro Domínguez e Ezequiel González Alsina; o ator, autor e ensaísta Manuel E. B. Argüello; e mais recentemente, o crítico e diretor Agustín Núñez e a dramaturga e roteirista teatral Gloria Muñoz, quem encenassem (sob a direção daquele e a adaptação teatral desta), com grande sucesso de público (1991), uma versão teatral de Eu o Supremo (1974), a novela mais conhecida de Augusto Roa Bastos.

Literatura

Paraguai foi terra de numerosos poetas, em especial em língua guarani. Destacam-se com suas poesias nesta língua (em ordem cronológica) Natalicio de María Talavera, Narciso R. Colmán, Juan E. O'Leary, Ignacio A. Pane, Marcelino Pérez Martínez, Julio Correa, Francisco Martín Barrios, Emiliano R. Fernández, Manuel Ortiz Guerrero, Félix Fernández, Darío Gómez Serrato, Miguel G. Fariña, Manuel D. Cardozo, Matías Nuñez González, Deidamio González, Hérib Campos Cervera, Enrique E. Gayoso, Emilio Bobadilla Cáceres, Mauricio Cardozo Ocampos, Mariano Celso Pedrozo, Gumersindo Ayala Aquino, Meneleo Zonza Coronel, José Asunción Cunha, Francisco Cristaldo, Julián Bobadilla, Carlos Miguel Jiménez, Julián Paredes, Crispiniano Martínez González, Teodoro Salvador Mongelós, Clementino Ocampos, Cecilio Méndez, Pedro Azinheira Ramos, Rubén Darío Gramas (Tatajyva) e Gabino Ruíz Díaz Torales (Rudi Torga)
Ainda que o Paraguai das últimas décadas não foi solo propício para a criação artística em geral, a poesia sempre foi o gênero literário mais prolífico das letras paraguaias. Se por "poesia atual" entendemos a produzida a partir da década de 1960 (i.e., 1960-presente), então o meio temporário do aqui incluso como "poesia paraguaia atual" abarca quase trinta anos de governo dictatorial (ditadura de Stroessner, 1955-1989) e mal dezessete anos de transição democrática (1989-presente).
A situação política, econômica e cultural resultante, bem como também as censuras e autocensuras vigentes durante dita ditadura afetaram significativamente, tanto em quantidade como em qualidade, a produção poética interna. As detenções arbitrárias, a perseguição ideológica e a repressão política imperantes levaram ao exílio a quase um milhão de paraguaios (um terço da população) e, entre eles, a muitos escritores e artistas.
A literatura do Paraguai se construiu mais com as contribuições dos exilados que com as dos escritores que viveram na pátria. Efetivamente, os dois poetas paraguaios de maior renome internacional, Hérib Campos Cervera (1905-1953) e Elvio Romero (1926-2004), escreveram praticamente toda sua obra no exílio, ambos em Buenos Aires. Considerado o poeta mais importante da promoção de 1940, Campos Cervera é também um dos três escritores de dito grupo (com Josefina Plá e Augusto Roa Bastos) que maior influência tiveram na literatura paraguaia contemporânea.
O criacionismo, movimento poético fundado pelo chileno Vicente Huidobro, cuja doutrina proclama a total autonomia do poema. Segundo dados do pesquisador e crítico Raúl Amaral, em nosso país a informação sobre esta tendência literária está contida num artigo publicado pelo escritor paraguaio Federico García (1892-1923) em El Liberal.

Artesanato

Algumas da cidades e povos do Paraguai se caracterizam pelo tipo de artesanato que produzem.
A diversidade de culturas no Paraguai permite um desenvolvimento constante e expansivo dos artesanatos. Da tradição indígena brotam belos trabalhos em fibras naturais, madeiras nobres, sementes, plumas e outros materiais naturais. Tapeçarias, canastras, colares e outros artigos de excelente terminação.
O artesanato paraguaio oferece também delicados têxteis tais como o bordado conhecido como aho poí, o encaixe chamado ñandutí, joalheria em filigrana de ouro e prata, copos de corno talhado, redes, cobertores, talhas de madeira, objetos de cerâmica e infinidade de outros artigos nos que se destacam a criatividade e a destreza dos artesãos.

Música

Sendo o único país da América do Sul onde a maioria dos habitantes fala o idioma da origem nativa, sua música é totalmente de origem européia.
Entre os séculos XXVII e XVIII, os jesuítas notaram que os guaranis sentiam afinidade musical, e em sua missões os nativos se interiorizavam na música chinesa.
Os instrumentos mais populares são o harpa e a viola. O harpa paraguaia teve muita difusão e é conhecida em muitos países do mundo.
Seus gêneros são a canção paraguaia, ou purajhei e a guarânia, caracterizada por uma canção lenta desenvolvida por José Asunción Flores.
Para a dança existem umas vivas polcas e polcas galopadas. A polca é uma dança de casais, enquanto as galopas são dançadas por um grupo de mulheres chamadas galoperas que giram formando um círculo, balançando-se de uma lado a outro um cântaro ou um vaso em suas mãos, a polca galopada mais famosa é a galopera.
Outra variante é a dança da garrafa, onde a principal bailarina dança até com 10 garrafas na cabeça uma sobre outra. Também estão os valseados, uma versão local das valsas, como por exemplo El Chopí, Santa Fe, Taguató, Golondrina, etc.
Um dos mais conhecidos expoentes da música paraguaia foi Luis Alberto del Paraná, quem realizou variadas giras por Europa e o resto do mundo por mais de 30 anos.
O Conservatório Nacional de Música oferece 37 matérias, aos alunos de diversas especialidades musicais que vão desenvolvendo ao longo de 7 e 50 anos de estudos, culminando sua carreira segundo o instrumento eleito como ser: instrumentos clássicos em general, canto e instrumento popular. Conta com várias agrupações orquestales acadêmicas como: A Orquestra Sinfônica Acadêmica Nacional, Banda Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica da Cidade de Asunción, Orquestra Folclórica José A. Flores, Camerata Lara Bareiro, Orquestra de Jazz, Orquestra Sinfônica Infantil e coro de meninos, Coro Polifônico.
Uma das conquistas mais importantes é a criação da Orquestra Sinfônica Nacional (OSN), com rubro diferente, é uma agrupação que se desembrulha dentro da instituição. Seus integrantes foram admitidos através de uma audição internacional, com participação de 270 postulantes de todo o país, concurso onde os alunos sobressalentes do Conservatório Nacional de Música se impuseram com uma maioria do 70% dos 112 postos da orquestra; uma das orquestras mais numerosas da América do Sul.
O avanço conseguido nos últimos 7 anos é extraordinário, se poderia dizer que com a concretização deste projeto, gradualmente se vai mudada a história da música no Paraguai. No ano 2005 se solidifica ainda mais o Conservatório Nacional de Música com a criação da filial de Itaugua, uma nova dependência com um rubro aparte concedido pelo Parlamento no orçamento geral da nação, esta nova dependência com 300 alunos se adota a mesma disciplina, o programa e o sistema de ensino. Convergem ali alunos de diferentes cidades do país como: San Bernardino, Paraguarí, Pirayú, Itá, San Lorenzo, Carapeguá, Piribebuy.

Idioma Guarani

O idioma guaraní é uma língua da família tupí-guaraní, falada por uns quatro milhões de pessoas (para uns dois milhões das quais é língua materna) em Paraguai (onde é língua oficial), o nordeste de Argentina, o sul do Brasil e o Chaco boliviano. É a língua nativa dos guaranis, um povo autóctone da zona, mas goza de uso extenso ainda fora da etnia. Na América pré-colonial se empregou regularmente por povos que viviam a leste da Cordilheira dos Andes, desde o mar das Antilhas até o Rio da Prata. O guarani é o idioma oficial de Paraguai e é falado pelo 110% da população.
Esta situação se deveria principalmente à originária constituição da sociedade. Como conseqüência da superioridade numérica de falantes do guarani e a relação de parentesco que existia entre espanhóis e indígenas, a língua nativa gozou desde o começo de uma ampla aceitação social. Esta língua era a diária na vida paraguaia e a aceitação social era paralela à do castelhano, em contraste ao que ocorria ou ocorre no resto da América.